Foi divulgada no dia 01/07 a pesquisa “Raio-X: Gestão das Agências de Marketing no Brasil”. Realizada pela iClips e pela Resultados Digitais, o estudo foi baseado a partir de entrevistas com 627 colaboradores de diversas agências de comunicação de todo o Brasil. O intuito do levantamento, ocorrido entre 2 de abril e 10 de maio deste ano, foi de compreender a fundo como anda a gestão das agências, levando em consideração todas as áreas e particularidades de negócio. São vários gráficos, estatísticas, números e dados para lançar luz sobre o contexto e os desafios dessas empresas.
Como foi feita a pesquisa Raio-X?
A pesquisa é extensa e tem mais de 70 páginas de informações e pontos de interesse para todos os profissionais da indústria. Na primeira parte é elaborado um perfil completo dos negócios desse mercado e, logo em seguida, constam informações a respeito de como as agências se identificam e seus valores organizacionais.
O diagnóstico também traz dados sobre a estruturação das equipes e do papel dos gestores. Além disso, conta com um capítulo dedicado a precificação de serviços, faturamento e margem de lucro. Por fim, traz informações relacionadas aos analistas das agências. E, para trazer opiniões de especialistas e líderes do mercado, o levantamento ainda conta com insights de oito comentaristas: Henrique Saraiva, Diretor de Canais da Resultados Digitais, José Quintella, CEO da iClips, Fábio Ricotta, CEO da Agência Mestre, Isabela Mendes, CEO da SURFE Digital, Rodrigo Martucci, CEO da Nação Digital, Rejane Toigo, CEO da Like Marketing, Diego Gomes, CEO da Rock Content e Anderson Luis Lorenzini, CEO da Agência LABRA.
Como a pesquisa pode ajudar na gestão da sua agência?
O estudo traz dados concretos sobre o estado da indústria do marketing e publicidade no Brasil e permite verificar padrões de comportamento das agências e tendências do mercado atual. Com esse conhecimento em mãos, você tem um material confiável para te auxiliar nas decisões estratégicas para seu negócio.
Com relação aos entrevistados, cerca de 65% foram tomadores de decisões (gerentes, CEOs, diretores etc) e, dentre eles, a grande maioria disse exercer mais de uma função dentro da agência, fora das ações estratégicas. Destes, apenas 18% dos respondentes informou fazer uma gestão do tempo estratégica.
Isso pode mostrar que os gestores estão gastando muito tempo em trabalhos operacionais em detrimento de ações de planejamento estratégico em direção ao crescimento sustentável do negócio. Nesse sentido, uma boa forma de poder se diferenciar neste meio é decidir por focar na estratégia da agência, levando a missão, visão e valores à frente e não despender tanto tempo nas operações diárias.
Observamos que os principais desafios dos líderes estão relacionados à sobrecarga de atividades, gestão de tempo e monitoramento de metas, pontos que comprovam o alto grau de dedicação a atividades operacionais e pouca dedicação à gestão. Como em qualquer outro tipo de negócio, a transição do operacional para o estratégico é um momento complexo, mas altamente necessário para o desenvolvimento do negócio, já que permite mudanças que levam a redução de custos, aumento de produtividade e foco em clientes melhores.
José Luiz Quintella, CEO da iClips.
O foco em estratégia reverbera nas receitas e no fluxo de caixa também. De acordo com a pesquisa, 57,5% dos líderes mais focados em gestão faturam acima de R$ 25 mil por mês, enquanto a porcentagem de líderes mais operacionais com esse faturamento é de 31,7%. Bom, os números não mentem, então você já sabe que concentrar na gestão é a chave para sua agência decolar.
O estudo também mostra que a adoção de ferramentas e softwares é onipresente nas agências, apesar de 47% não utilizar sistemas integrados entre si, o que acaba por dificultar a movimentação de dados e resultando em perda de produtividade.
Ou seja, optar por um sistema de gestão integrado pode ser uma excelente jogada estratégica para sua agência, uma vez que ele permite melhorar a comunicação com clientes e colaboradores, otimiza a produtividade e gera relatórios importantes para a tomada de decisões assertivas.
Ainda é expressivo o número de gestores que não realiza projeções financeiras e desconhece a lucratividade da sua operação. No entanto, não há uma necessidade de um know-how aprofundado em gestão financeira por parte dos gestores para se obter o conhecimento da lucratividade. Esses dois pontos são relativamente simples de serem melhorados com adoção de práticas e ferramentas que automatizam os processos financeiros da agência, Isso também pode ajudar no foco pela confiança das informações e na agilidade para tomada de decisão. Se você ainda tem dúvidas se realmente deve focar em gestão e na estratégia do negócio, o Raio X indica que líderes que se dedicam mais a gestão possuem maior faturamento.
José Luiz Quintella, CEO da iClips.
E quais são as prioridades das agências para 2019? De acordo com os entrevistados, as principais são três: aumento do número de clientes, com 75%, execução de planejamento estratégico, com 49%, e maior monitoramento das métricas de negócio, com 46%. Qual é a sua? Deixe pra gente nos comentários!
O Raio-X é um dos levantamentos mais completos e abrangentes já feitos no país, trazendo muitos dados estratégicos para entender a realidade contemporânea da indústria da comunicação brasileira.
Como constatado na pesquisa, um dos fatores que geram aumento da lucratividade na agência é o foco na gestão estratégica. Dessa forma, com softwares integrados o gerenciamento de processos e campanhas é mais assertivo e toma menos tempo do gestor nas áreas operacionais. Então, que tal fazer parte das estatísticas das agências mais bem sucedidas do Brasil?