A capacidade de tomar decisões eficientes é uma das qualidades mais importantes para garantir a manutenção da competitividade de uma empresa. Para que isso seja possível, é preciso investir em técnicas que estimulem o pensamento estratégico e possibilitem que a gestão encontre soluções eficientes e criativas.
Nesse sentido, empresas de todos os tamanhos e segmentos adotam uma prática chamada brainstorming, termo que pode ser traduzido para o português como “tempestade de ideias”. Porém, não adianta reunir as cabeças pensantes do Marketing e esperar que a solução se apresente, é preciso adotar boas práticas.
Para nos aprofundarmos no assunto, elaboramos este artigo focado no conceito de brainstorming. Nele, você vai descobrir:
Continue a leitura e confira!
O que é brainstorming?
Brainstorming é uma técnica que, por meio do compartilhamento espontâneo de ideias, busca encontrar a solução para um problema ou gerar insights de criatividade. A ideia desse processo é dar vida à máxima “duas cabeças pensam melhor do que uma”.
Sendo assim, é fundamental que o brainstorming envolva um número mais elevado de participantes, de preferência reunindo pessoas ativas na empresa, mas que tragam perspectivas diferentes. Essa pluralidade de ideias é o pilar da técnica. Para que seja bem-sucedido, o processo deve focar em quantidade, não em qualidade.
Assim, é importante que o brainstorming seja completamente livre de críticas. Mesmo as ideias que parecem ineficientes devem ser levadas em conta, afinal, elas podem ser o ponto de partida para a construção de pensamentos mais aprofundados.
Contudo, é importante não confundir essa liberdade de ideias com a falta de um objetivo claro. É crucial que os participantes do processo tenham em mente qual problema querem solucionar ou que tipo de novidade querem desenvolver. Ao final, os melhores insights são extraídos e convertidos em estratégia.
Brainstorming e criatividade
O brainstorming combina uma abordagem relaxada e informal para a resolução de problemas com pensamento lateral. Ele encoraja as pessoas a aparecem com pensamentos e ideias que, à primeira vista, pareçam bem malucas.
No entanto, algumas dessas ideias podem ser lapidadas em soluções originais e criativas para um problema, enquanto outros podem surgir com mais pensamentos imaginativos. Isso ajuda os colaboradores a se soltarem ao se “sacudirem” para fora de seus modos normais de pensar.
Tempos depois, a técnica permanece como uma unanimidade entre os criativos. Na prática, ao ter em mãos o briefing do cliente, a ideia é reunir todos os envolvidos no projeto e agendar uma reunião cujo objetivo principal é resolver o problema do cliente em questão.
Esta aula do professor Marcelo Quinan é bastante interessante para compreender o poder do brainstorming para a criatividade. Confira:
Qual é a história do brainstorming?
Para entender a história dessa técnica, é preciso conhecer mais sobre o homem que a criou. Alex Faickney Osborn foi um profissional do ramo de Publicidade e um estudioso do pensamento criativo. Entre seus trabalhos mais famosos estão comerciais escritos para marcas como a General Electric e a Chrysler.
Autor de vários livros sobre o desenvolvimento da criatividade publicitária (como “O Poder Criador da Mente ” que você pode conferir aqui) Alex ficou marcado pela obra \”How to Think Up\”, lançada em 1942. No livro, Osborn menciona pela primeira vez o termo “brainstorming”, revolucionando o processo criativo para sempre.
De lá para cá, a tempestade de ideias se tornou uma técnica utilizada em praticamente todas as empresas que trabalham com inovação ou que buscam soluções criativas para seus problemas.
Para que serve o brainstorming?
Você já sabe que o brainstorming é utilizado para gerar pensamentos inovadores para a resolução de problemas ou para a definição de estratégias. No entanto, essencialmente, para que serve reunir pessoas e estimular o compartilhamento livre de insights sem regular a relevância deles para o processo?
É que, de acordo com a teoria do pensamento criativo, a melhor forma de chegar a uma ideia brilhante é ter muitas ideias. Assim, mesmo as mais absurdas são levadas em conta para, no fim, possibilitar um filtro que permita eleger as que se mostram mais apropriadas para lidar com o objetivo proposto.
Portanto, organizar uma dinâmica de grupo nesses moldes serve para possibilitar a aceleração do processo criativo. No fim das contas, o filtro imposto ao término da reunião elimina ideias que, não fosse o desenvolvimento do brainstorming, poderiam soar como mais relevantes do que realmente são.
Quais são as vantagens de aplicar essa técnica?
Até aqui, você já entendeu o conceito de brainstorming, conheceu sua história e descobriu para que o processo serve. Mas afinal, por que adotar essa técnica e não outras que busquem o mesmo fim? Bem, a primeira vantagem é o efeito positivo que ela tem na produtividade das equipes.
Como promove a interação constante e a valorização de todos os insights, o processo estimula o trabalho em equipe. Assim, uma empresa que investe nesse procedimento vai contar com um ambiente de trabalho mais adequado.
Fora isso, os colaboradores envolvidos no brainstorming tendem a ter os níveis de efetividade aumentados. Isso acontece devido à valorização que eles sentem ao serem envolvidos em uma dinâmica que pode decidir os rumos do negócio. A confiança gerada por esse fenômeno é fundamental para otimizar a comunicação interna.
Quais são as possíveis aplicações do brainstorming?
Podemos dizer que a principal — ou mais comum — aplicação do brainstorming é na elaboração de campanhas publicitárias. Seja para fins de branding, seja para elaborar o lançamento de um produto, a técnica dá um ar mais original aos esforços da marca para se comunicar com o grande público.
O brainstorming, porém, não se restringe ao uso publicitário. A prática pode ser adotada em basicamente todas as áreas da empresa. Considerando uma estratégia de Marketing de Conteúdo, por exemplo, o processo pode ser voltado para a identificação de pautas relevantes ou das palavras-chave mais adequadas.
Como também lida com a busca de soluções para problemas, o conceito pode ser aplicado para solucionar gargalos logísticos ou para aprimorar produtos e serviços que sofram com a resistência da persona. Até mesmo os processos internos da companhia podem ser otimizados com o brainstorming.
Sendo assim, é justo concluir que a técnica cunhada por Alex Osborn pode ser empregada para quase todos os fins. A única ressalva é que o objetivo da sessão deve ser determinado antes do seu início, de modo a garantir que as ideias sejam, de alguma forma, direcionadas à solução do problema em questão.
Quais são os tipos de brainstorming?
Para que apresentem resultados eficientes, todas as sessões de brainstorming devem seguir o mesmo modelo, ou seja, estimular o compartilhamento de ideias sem julgar sua relevância antes do fim do procedimento. Ainda assim, existem dois tipos diferentes dessas dinâmicas de grupo: o estruturado e o não estruturado.
O primeiro é organizado em rodadas. Em um tempo previamente determinado, os participantes têm espaço para expor seus pensamentos e defender a razão pela qual acreditam que eles são relevantes. Esse modelo estimula a participação de todos, mas pode colocar certa pressão nos mais tímidos.
Já o segundo modelo não define uma ordem para a exposição de insights ou mesmo um limite de tempo para a conclusão do raciocínio. Assim, o compartilhamento de ideias não é feito em rodadas, mas sim de acordo com o surgimento delas.
Embora proporcione um ambiente mais relaxado, é preciso cuidar para que o brainstorming realizado sob esse modelo não seja dominado por um número reduzido de participantes.
Brainstorming individual ou em grupo?
A tempestade de ideias pode vir tanto de maneira solitária, para que você viaje dentro da sua própria mente, ou em grupo, com o intuito de compartilhar pensamentos para se chegar a soluções interessantes e inovadoras. Ambos têm seus altos e baixos.
Individual
Enquanto o brainstorming grupal é mais efetivo em gerar ideias do que reuniões tradicionais, fazer uma viagem mental sozinho também pode levar a grandes soluções.
Isso pode ocorrer porque grupos nem sempre seguem as regras do brainstorming, e maus comportamentos podem se infiltrar no processo.
Na maioria dos casos, no entanto, isso acontece porque as pessoas prestam muita atenção nas outras que isso impede que elas gerem ideias próprias – ou elas acabam esquecendo enquanto esperam a sua vez de falar. Isso é chamado de “bloqueio”.
Quando você faz um brainstorming individual, você não precisa se preocupar com o ego ou opiniões de terceiros, te deixando mais livre e potencialmente mais criativo.
Por exemplo, você pode constatar que uma ideia que você hesitaria em trazer para um grupo se desenvolve legal quando você a explora sozinho.
No entanto, é possível que você não desenvolva boas ideias sozinho, pois você não tem a experiência que outros membros de um grupo teriam.
O brainstorming individual é mais efetivo quando você precisa resolver um problema simples, gerar uma lista de ideias, ou focar em uma questão ampla. Por sua vez, o brainstorming em grupo é mais efetivo em resolver problemas complexos.
Em grupo
Aqui a vantagem é ter em mãos as experiências e criatividade de todos os membros da equipe. Quando alguém trava em um ponto, outra pessoa pode levar a ideia para o próximo estágio. Você pode aprofundar muito mais nas ideias em grupo.
Outro benefício é o sentimento de que todos contribuíram para a solução, e reforça a ideia de que todos têm algo criativo para contribuir. Sem contar que é divertido e pode ser ótimo para a construção do time.
Sempre que possível, os participantes devem ser os mais diversos, de várias disciplinas. Essa multidisciplinaridade de experiências pode tornar as sessões mais criativas. No entanto, não faça grupos muito grandes: times de cinco até sete pessoas são geralmente os mais eficazes.
Quais são os princípios e regras do brainstorming?
Para garantir o bom andamento da sessão, é importante ter como princípio fundamental a ausência de julgamento. Ou seja, todas as ideias devem ser vistas como iguais, mesmo as que soarem absurdas ou sem sentido. Caso contrário, um bom insight pode ser ignorado devido a uma má apresentação.
Outro princípio é o estímulo à quantidade de ideias, deixando suas qualidades como fator secundário. Quanto mais pensamentos expostos, maiores as chances de chegar a uma solução criativa e eficiente.
Ao final, as melhores ideias podem ser combinadas e convertidas em ações. Se isso não acontecer, o processo não faz sentido.
Quanto às regras, podemos citar as seguintes:
- foque em quantidade, não em qualidade;
- evite tecer críticas ou comentários negativos;
- aprecie ideias fora do comum;
- combine as ideias mais relevantes;
- discuta meios para colocá-las em prática;
- periodicamente, deixe claro o efeito que o brainstorming está causando na empresa.
O que não fazer no brainstorming?
Com os princípios e regras do brainstorming em mente, você já tem uma ideia de práticas que não devem ser realizadas ao longo do processo.
Ainda assim, vamos nos aprofundar um pouco mais em cada uma delas, já que esse é um ponto essencial para o bom andamento da reunião.
Portanto, confira o que você não deve fazer.
1. Condenar a ideia dos outros
Ao juntar pessoas com diferentes pontos de vista, personalidades e abordagens de trabalho, é muito comum que algumas ideias pareçam ruins, ou até mesmo absurdas, em determinados momentos da discussão.
Mesmo assim, não permita que um participante condene rapidamente a ideia de um colega, pois isso pode desviar o foco da conversa ou inibir outros de participarem.
Desde o início da sessão, incentive todos a manter a mente aberta mesmo para as ideias que considerarem ruins e destaque que uma avaliação mais cuidadosa de tudo o que for dito será feita em outra reunião.
2. Interromper o fluxo criativo
Interromper a sessão é péssimo para a qualidade do seu brainstorming. Por isso, se você quer sair da reunião com boas ideias, que possam realmente ser transformadas em algo concreto, elimine qualquer distração.
Isso inclui ligações no meio da conversa, pessoas que não fazem parte da discussão entrando na sala para fazer perguntas ou passar recados e até mesmo ruídos vindos de fora do ambiente. Portanto, escolha um local longe de aparelhos barulhentos e, de preferência, sem janelas que possam trazer barulhos vindos da rua.
A cada momento que a conversa é pausada, o fluxo criativo é interrompido, ou seja, os participantes podem começar a pensar em outros assuntos e perder a linha de raciocínio.
3. Deixar que a conversa se torne uma palestra
Se a conversa é em grupo, é de vital importância que todos na sala opinem sobre o problema que está sendo considerado. Por isso, jamais permita que a sessão se transforme em uma palestra. O que seria isso?
Em uma palestra, apenas uma pessoa fala e o público ouve. Em algum momento, pode haver uma sessão de perguntas e respostas, mas basicamente é isso. Se algo parecido acontecer no brainstorming — poucos falam, o restante só assiste —, a reunião será um desperdício de tempo e de talento.
4. Permitir conflitos o tempo todo
Conflitos são normais, porque enquanto uma solução é apresentada, novas variáveis podem vir à tona e ajudar a refinar a ideia inicial. O problema é deixar que os conflitos aconteçam o tempo todo, o que pode atrapalhar o processo.
Se esse for o caso, o foco rapidamente vai mudar, e o que era para ser uma busca pela resolução de um problema passará a ser uma guerra para ver quem tem os melhores argumentos.
Se isso acontecer, o ambiente vai ficar pesado demais para que algo construtivo seja produzido, e todo o propósito da reunião será perdido.
5. Não levar o brainstorming adiante
O último problema que você deve evitar é não levar o brainstorming adiante. É verdade que pode ser bem divertido realizar essas sessões, mas o objetivo final é transformar ao menos parte das visões e hipóteses levantadas em realidade.
Então, certifique-se de que tudo o que for proposto inicialmente terá a devida avaliação depois e de que as ideias mais promissoras serão levadas adiante.
Mais do que isso, faça questão de mostrar para a equipe a evolução dos projetos realizados com base no brainstorming, pois isso a motivará ainda mais nas próximas sessões. Por outro lado, se as ideias surgidas nas sessões não forem colocadas em prática, o processo vai perder toda a credibilidade.
Como fazer um brainstorming?
Na teoria, você já sabe como funciona o processo de brainstorming, quais regras e princípios devem ser seguidos e quais erros devem ser evitados. Mas como reunir tudo isso e colocar o processo em prática, garantindo que o resultado seja o melhor possível?
Para começar, tome medidas para garantir que todos cheguem preparados à reunião. Para isso, é fundamental que os participantes sejam comunicados com antecedência do caráter do brainstorming, ou seja, com qual tipo de problema será preciso lidar durante a sessão. Assim, eles podem realizar pesquisas e leituras que vão alimentar sua criatividade.
Depois, é essencial garantir que o ambiente da reunião seja agradável. Isso significa encontrar um espaço bem iluminado, arejado, confortável e, principalmente, sem ruídos ou outras formas de distração. É preciso, também, que os participantes cheguem sem tensões, a fim de entregar o melhor de si.
1. Identificando o problema
Existem diversas formas de como fazer brainstorming, mas alguns passos podem ser pensados previamente para tornar esse tipo de reunião ainda mais eficiente. Por isso, antes de seguir para a reunião e apresentar o problema ao time, é importante definir qual questão será central nesse debate.
Para que a abordagem seja eficiente e traga soluções brilhantes, é importante manter o foco em um único problema por vez. Por isso, nada de tentar solucionar tudo que há de errado em uma única sessão, certo?
Desse modo, você pode listar quais as questões mais urgentes da empresa e organizá-las por ordem de prioridade, deixando um único tema para cada brainstorming.
2. Apresente o problema
Agora que você já cuidou das preocupações prévias e já reuniu a equipe em um ambiente adequado, é hora de iniciar o brainstorming. Para tal, comece apresentando detalhadamente o objetivo da sessão. É preciso que todos os pontos relevantes sejam abordados, de modo a não deixar passar nada.
Conforme a sessão for se desenrolando, mantenha o foco sempre no problema principal. Em alguns casos, o assunto acaba desviando para temas secundários, o que pode prejudicar o resultado da reunião.
3. Modere a discussão com equilíbrio
Moderar a discussão com equilíbrio significa dar espaço para que todos contribuam e para que as ideias sejam propostas aos poucos, de forma que cada participante consiga acrescentar novas informações ao que é dito por outro.
Pensando nisso, não deixe que uma pessoa exponha tudo o que pensa de uma vez só. Desse modo, a conversa permanece dinâmica e favorece o surgimento de projetos que possam funcionar na prática.
4. Tome nota de tudo
Por último, tome nota de absolutamente tudo o que for considerado — até daquelas ideias que pareceram absurdas — , a fim de avaliar as implicações de cada uma depois e fazer uma espécie de peneira.
Se preferir, você pode pedir que outro participante faça esse registro enquanto você se preocupa em manter o debate produtivo e dentro do foco.
5. Transformando as ideias em ação
Após o surgimento de novas alternativas e soluções, é hora de conduzir as soluções para uma implementação prática. De nada adianta todo o processo de brainstorming se ele não conduz a mudanças reais nos problemas enfrentados pela corporação.
Isso não significa que cada sessão deve levar a transformações radicais na empresa, apenas que é necessário que elas possam conduzir a melhorias constantes na organização.
Certamente, algumas sessões trarão grandes soluções, enquanto outras devem apresentar insights mais modestos. Por isso, vale filtrar quais das ideias resultantes do brainstorming são viáveis e capazes de trazerem mudanças significativas para o time.
Quais são as 9 principais técnicas para utilizar na hora do brainstorming?
Como em qualquer tipo de processo, adotar as melhores práticas disponíveis para a realização do brainstorming garante resultados mais eficientes e produtivos. Assim, vamos utilizar o restante do texto para listar e detalhar algumas das técnicas mais relevantes nesse sentido. Acompanhe!
1. Preparação prévia
No último tópico, já deixamos clara a importância de apresentar o problema previamente aos participantes da reunião. Para corroborar essa indicação, nos baseamos em um artigo da revista Decision Analysis publicado em 2012 pelo professor Ralph Keeney.
Segundo ele, não basta reunir um grupo em busca de ideias. É mais eficiente apresentar o problema ao grupo e passar algumas coordenadas antes da reunião de brainstorming em si.
Para o professor, uma equipe que estuda o assunto e foca os seus esforços na resolução do problema antes da reunião pode trazer ideias e soluções mais eficientes durante o brainstorming.
Portanto, levando em consideração as afirmações de Keeney, o ideal é delegar materiais de estudo individuais para que a equipe pense e se esforce, separadamente, buscando soluções para o problema proposto.
Em seguida, uma reunião com a equipe para apresentação das soluções propostas pode gerar muito mais resultados, seja pela soma de ideias, seja pela descoberta de uma solução superior às demais.
2. Análise SWOT
Se você tem conhecimento em gestão de empresas, já deve ter trabalhado com a análise SWOT. Trata-se de um mapeamento que busca identificar, em âmbito interno e externo, as fraquezas, forças, ameaças e oportunidades de um determinado negócio.
Quando aplicada ao brainstorming, essa técnica sugere a criação de uma representação gráfica da atual situação da empresa ou de um departamento específico. Assim, os participantes apresentam maior facilidade para compreender a totalidade do problema a ser solucionado.
Caso precise recordar ou simplesmente conhecer um pouco melhor sobre essa metodologia, confira o nosso vídeo explicativo sobre o tema:
3. Método do gatilho
O método do gatilho é muito simples, mas tem tudo para funcionar perfeitamente na maioria das companhias. A ideia é basicamente usar opiniões iniciais como ponto de partida para outras ideias melhores.
Então, o primeiro passo é discutir o maior número de sugestões possível, mesmo as que parecem ineficazes. Depois, as melhores são escolhidas e usadas como gatilho para que a equipe tenha ainda mais insights. O processo é repetido até que a solução final seja encontrada.
4. Teleporte
O teleporte é uma das técnicas mais inovadoras de brainstorming, por isso, requer que os participantes mantenham a cabeça aberta. Nessa abordagem, a equipe é encorajada a se imaginar enfrentando o mesmo problema em diversos cenários diferentes.
Imaginar, por exemplo, que você precisa lidar com o tema em questão residindo em outro estado, país ou até planeta faz a mente trabalhar de forma diferente. Assim, o cenário mirabolante pode ser o ponto de partida para o surgimento de uma estratégia genial.
5. Post-its
No brainstorming, o uso de recursos gráficos é fundamental para trazer mais visibilidade para as ideias e agilidade para o processo, além de inspirar a equipe a participar mais efetivamente. Por isso, a utilização dos bloquinhos de papel autocolante pode ser valiosa.
Dê um bloquinho desses a cada membro da equipe e uma caneta. Peça que escrevam as suas ideias e que as colem em um quadro compartilhado.
Essa atividade dará uma visão geral da sintonia da equipe e poderá ser um ponto de partida para a descoberta de uma boa ideia de execução do projeto.
6. Mudança de atributo
A técnica de mudança de atributo segue a mesma linha imaginativa do teleporte. Porém, em vez de se imaginar em um cenário diferente, o participante é encorajado a se imaginar na pele de outra pessoa. Assim, a equipe tenta pensar sobre o problema a partir de um ponto de vista de pessoas de outro sexo, cor, gênero, classe, altura etc.
Cada mudança de atributo pode gerar pensamentos diversificados, contribuindo para a riqueza de ideias da reunião. Uma prática interessante pode ser a utilização das características da persona durante o brainstorming. Assim, além de estimular a criatividade, você ainda trabalha a compreensão do seu consumidor ideal.
7. Mindmapping
Que tal resumir o problema em, no máximo, 3 palavras? Esse é o 1º passo para aplicar a técnica de mindmapping (ou mapa mental) durante o brainstorming.
Funciona assim: a partir dos 3 termos que sintetizam o problema, você e a sua equipe pensarão em palavras relacionadas e as escreverão em uma grande folha, sempre ligando umas às outras com uma linha.
Depois de esgotar as ideias para as 3 palavras originais, faça o mesmo para as palavras derivadas. Prossiga até preencher todo o espaço ou até surgir uma boa ideia no meio do caminho.
8. Brainstorming tangível
Imagine agora que o desafio da sua equipe é melhorar a embalagem de um produto. Torná-la mais bonita, sustentável e prática para manuseio.
A tangibilidade é uma boa técnica para utilizar durante o processo de brainstorming, nesse caso. Afinal, com a embalagem atual em mãos, ou até mesmo com protótipos ainda não aprovados, fica mais fácil para equipe perceber e identificar os principais pontos de melhoria.
Entretanto, esse é só um exemplo. A aplicação pode servir também para ilustrar melhor as situações e trazer o cenário esperado em evidência para os participantes.
Por exemplo: se você fala de uma ação para um público que adora correr, que tal trazer um squeeze, um tênis de corrida e alguns aplicativos de corrida para o centro da mesa?
Quando a equipe está mais envolvida no mundo e no cenário do público-alvo, fica mais fácil compreender as suas necessidades, expectativas e, claro, menos penoso ter ideias úteis para oferecer soluções a esse público.
9. Brainstorming oposto
Essa é uma abordagem bastante criativa para a reunião de brainstorming. Em vez de propor soluções, o líder pede que os participantes imaginem ações que possam ampliar o problema. Em uma primeira impressão, você provavelmente achará esse caminho estranho, mas garantimos que ele pode ser bem eficiente.
Para entender, imagine que você busca ideias para acelerar o atendimento ao consumidor. Ao inverter a questão, os participantes devem buscar ações que tornem o processo mais devagar, mesmo que esse claramente não seja o objetivo final.
Os insights surgidos nessa abordagem podem ser convertidos, no fim das contas, em uma lista do que não fazer durante o atendimento para que ele seja mais rápido. Além disso, pode trazer à tona práticas que estão sendo executadas no momento, mesmo que sem intenção. Assim, é possível agir para implementar melhorias.
Melhores práticas para um brainstorming à distância
Por conta das mudanças na organização empresarial, muitas corporações passaram a atuar de maneira remota. Ainda assim, é possível desfrutar dos inúmeros benefícios que o brainstorming pode oferecer. Veja, a seguir, como utilizar essa abordagem na modalidade à distância.
Conte com boas ferramentas virtuais
O primeiro passo para que seu brainstorming seja bem-sucedido é o uso de ferramentas que facilitem a comunicação e a interação entre os membros da equipe. Elementos como a sala de reunião e o quadro para anotação de ideias precisam ser disponibilizados na forma digital.
Por isso, vale contar recursos para teleconferência — como o Zoom ou o Meet — ou talvez contar com ferramentas específicas para organizar ideias como o Miro.
Ensine o time a usar esses recursos
A etapa seguinte se refere a preparação do time para utilizar esses recursos de maneira eficiente nas reuniões. Por isso, vale oferecer alguns tutoriais, guias e demais formas de explicar para os membros da equipe como será a dinâmica do brainstorming nessa nova modalidade.
Assim, para ensinar o uso do quadro, por exemplo, você pode convidar cada um dos participantes a adicionar um emoji ou imagem no quadro que representa seu humor durante a reunião. A ideia é descontrair e orientar o time em simultâneo.
Use técnicas para facilitar o surgimento de ideias
Depois que a equipe já está familiarizada com as ferramentas que devem ser utilizadas nesse processo, é hora de pensar em como facilitar o surgimento de ideias nessa nova modalidade. Nesse quesito, vale experimentar diversas abordagens utilizadas para fomentar as ideias do time.
Por meio de alguns testes e avaliações, é possível determinar quais delas são mais ou menos adequadas para os objetivos propostos pela equipe. Entre as principais metodologias que podem ser utilizadas para esse fim, destaca-se o uso de mapas mentais, a ideação criativa e a tarefa de figurar a ideia. Todas essas opções oferecem abordagens alternativas para conduzir o brainstorming.
O brainstorming é um processo criativo que pode ser utilizado em diversas áreas da empresa, com os mais variados objetivos. Para garantir os benefícios do processo criado por Alex Osborn, que incluem a melhoria do ambiente de trabalho, é essencial proporcionar um ambiente adequado, livre de críticas e distrações.
E aí, pronto para executar o brainstorming em sua empresa e estimular soluções criativas?