A confecção de um briefing é um dos momentos mais importantes para um trabalho ser desdobrado de forma assertiva. Por isso, é importante ficar atento aos possíveis erros que podem ser cometidos na elaboração deste documento tão imprescindível.
Pensando nisso, reunimos alguns dos principais equívocos cometidos por publicitários no momento da confecção deste documento.
O que é um briefing?
Trata-se de uma das ferramentas de marketing e publicidade mais importantes. Na verdade, ele é o primeiro passo para que uma ação de comunicação saia como o planejado. Este documento é um conjunto de informações direcionado aos departamentos internos de uma agência para conduzir as demandas de um cliente. No modelo tradicional de fluxo de trabalho de agências, o atendimento publicitário é o responsável pela sua confecção. Neste documento estão todas as diretrizes e as instruções para a produção do job.
Ele não é apenas um rascunho, um rabisco, como muitas pessoas podem pensar. Um documento bem feito contém todas as informações possíveis do cliente e do trabalho a ser realizado. Ele deve servir como uma coleta de dados sobre um cliente.
Se você é do tipo que gosta de se planejar e organizar as suas tarefas diárias, este relatório vai complementar muito o seu parâmetro de organização. Porém, se você é do tipo que, ao chegar uma demanda de um cliente, já fica ansioso para começar a produzir, este documento vai te auxiliar na organização das ideias e na transferência das informações captadas com o cliente para os produtores do job.
Resumindo então: trata-se de um roteiro que vai reunir as principais diretrizes para a produção de um determinado job. É ele que vai mapear os problemas que existem na atual conjuntura do cliente, identificar as pistas para uma possível melhoria e, assim, propor ideias para atingir o objetivo do cliente, além de cercear a criação de uma peça, campanha, job, etc.
Qual modelo seguir?
Existem muitos modelos diferentes. Na verdade, não há um padrão para a elaboração de um. Cada agência deve analisar qual se encaixa melhor com as suas necessidades e com o seu modelo de gestão para implementar o padrão mais adequado a ela. Mas, para ajudar você e sua empresa criativa, liberamos também um modelo em Excel. Para fazer o download, clique aqui.
No início, a agência pode testar vários modelos para ver qual funciona melhor em suas rotinas. Porém, é importante que, após ter avaliado os diversos modelos, a agência estabeleça um modelo que vai ser usado para todos os clientes. Isso porque vários modelos diferentes, um para cada novo projeto, pode acabar confundindo os colaboradores. Por isso, caso você faça o download dos nossos modelos, não deixe de personalizá-los e adaptá-los às peculiaridades da rotina de sua empresa.
Se a agência adotar um modelo próprio, os funcionários vão se acostumar rapidamente com aquele padrão. A partir daí, as ideias descritas no modelo podem ser mais fácil e rapidamente absorvidas.
Independentemente do padrão a ser seguido, alguns dados precisam estar no seu resumo para que a sua equipe adote, no final das contas, a melhor estratégia para aquele cliente naquele momento. O que você não pode cometer são erros que comprometam a estrutura e a qualidade do seu documento padrão. Confira abaixo quais os mais comuns para que isso não ocorra:
Não focar nos objetivos
Quando traçamos um plano de marketing ou de comunicação, existem algumas perguntas primordiais, tais como: “o que quero atingir” e “onde quero chegar?”.
Por isso, este documento deve conter uma breve descrição sobre os objetivos que se deseja alcançar depois com a ação. O que o seu cliente espera atingir com a campanha? Ser o líder do mercado em que atua? Impulsionar as suas vendas?
Se as metas e os objetivos não forem bem claros, os colaboradores que vão ter acesso ao modelo correm o risco de se sentirem perdidos em relação às atividades que devem desenvolver.
Especialistas no comportamento humano afirmam que, se tivermos metas bem claras e estabelecidas, a chance de conquistarmos nossos objetivos é bem maior.
Fazer um documento muito grande
Muita gente peca nesse tópico. Um briefing muito grande é ruim não somente por ser muito extenso e acabar se tornando cansativo, mas também porque não é seletivo. Isso significa que as informações não foram selecionadas, e o seu roteiro pode acabar ficando disperso demais. A impressão que fica é que qualquer informação que veio à cabeça foi “jogada” lá.
Ele deve apontar os dados relevantes, não contendo nem informações demais, nem de menos. Os dados que não forem de extrema importância, podem ser deixados de lado.
Não fazer uma análise dos concorrentes
Se você não traçar um perfil dos concorrentes do seu cliente, não vai conseguir enxergar qual o diferencial que a sua conta tem em mãos.
Defina os principais concorrentes diretos e indiretos bem como os seus produtos, serviços prestados, os preços praticados por eles no mercado, incluindo as promoções, os descontos e as bonificações. Sobre os produtos, analise a qualidade deles e os pontos positivos e negativos.
Insira também os pontos fortes e os fracos dos concorrentes. Essa parte é importante para ressaltar os diferenciais do seu cliente e também perceber onde ele pode estar pecando. As campanhas e as mídias que eles utilizam também são pontos importantes, assim como suas linhas criativas e ações de sucesso que possam cercear a criação de suas próprias peças e ser mais assertivo. Aborde também a reputação dos clientes concorrentes.
Não incluir informações suficientes
É preciso tomar muito cuidado com esse tópico, que vai de encontro ao item 2, o de não fazer um modelo muito grande. Já mencionamos que é importante que ele não contenha nem informações de menos, nem informações em excesso.
O seu modelo não deve ser cansativo, longo e com dados pouco importantes. Em contrapartida, é importante que você avalie bem o que pode colocar no seu rascunho de modo que nenhuma observação importante passe despercebida.
Quanto mais dados de relevância você acrescentar, mais estratégicas poderão ser as suas ações para atingir o objetivo do seu cliente. Então, um erro comum pode ser que você não pesquise todas as informações suficientes e acabe não colocando todos os dados necessários.
Por que um briefing é tão importante?
Além de saber O QUE FAZER e também O QUE NÃO FAZER na hora de produzí-lo, é importante saber a importância de fazer esse planejamento.
Trata-se de estreitar a relação da agência com o cliente, pois nele se reúne as informações pertinentes para a produção dos jobs da conta. São essas informações que vão nortear a sua agência sobre o trabalho a ser desenvolvido.
Vamos aproximar com o dia a dia com um exemplo para ficar mais fácil de entender. Suponhamos que você está procurando uma blusa azul para comprar. Você vai até uma loja e pede uma blusa azul ao vendedor. O que você espera? Que ele te traga uma blusa azul, claro!
Se você quer algo ainda mais específico, uma blusa azul de manga comprida, tem que comunicar isso ao vendedor para que, no final, ele lhe traga o modelo que você solicitou. Em paralelo, nas agências de publicidade, a blusa azul, é o job; o vendedor é o atendimento publicitário; você, que procura pela peça, é o cliente e a comunicação entre vocês é o briefing.
Por isso a comunicação entre a agência e o cliente é importante, pois sem ela, o cliente não vai receber o que ele pediu. E este documento vai ser a base desse pedido, o resumo do que o seu cliente espera receber no final. Todos os profissionais da agência que vão se envolver nessas ações vão se basear no documento para começar a executar os processos de criação.
Agora que você já sabe o que NÃO FAZER na hora de elaborar o seu modelo, é só começar a esboçá-lo! Se você tem mais alguma dica ou sugestão, conte para a gente. Uma ideia compartilhada é uma ação mais bem aproveitada!
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