Você já ouviu falar no modelo de autogestão? Esse método é bastante interessante para as agências contemporâneas, que têm uma cultura organizacional mais horizontal e pensam que os colaboradores podem ter mais autonomia em suas ações.
Adotar a autogestão é importante até mesmo para a sobrevivência dos negócios, tendo em vista que modelos antigos são considerados ultrapassados e podem atrasar as entregas das demandas. Assim, entender sobre isso é muito relevante para os gestores de agências de comunicação.
Se você tem dúvidas sobre o assunto, não se preocupe! A seguir, explicaremos o que é a autogestão, quais são os principais mitos associados à ela, exemplos práticos e benefícios trazidos sobre o assunto. A ideia é que você veja este conteúdo como uma série de dicas para melhorar a gestão na agência. Assim, poderá colocar tudo isso em prática e ter mais resultados positivos. Acompanhe!
O que é autogestão?
Podemos definir a autogestão como um modelo de cultura organizacional em que a tomada de decisões é distribuída de maneira mais uniforme entre os colaboradores. Trata-se de um modelo em que a gestão horizontal é valorizada, ou seja, existe mais autonomia entre os colaboradores.
A principal diferença entre a autogestão e a gestão tradicional é o fato de que os colaboradores da empresa deixam de reportar ao chefe sempre que uma decisão precisa ser tomada. Não é necessário que todos os passos sejam autorizados por um superior.
Em contrapartida, um conjunto de regras ou diretrizes deve ser estabelecido. De tal maneira, os colaboradores saberão até onde eles podem ir, sendo explícito quais são os poderes que eles podem exercer.
Em resumo, a autogestão não é um modelo que dá igualdade de poderes a todos os membros de uma equipe. Porém, as pessoas têm mais liberdade e podem agir, segundo um conjunto de diretrizes previamente definidas.
Mitos associados à autogestão
Existem alguns mitos sobre a autogestão em que os diretores das companhias não podem acreditar. Listamos alguns deles para que você possa esclarecê-los. Veja!
Não existem líderes na autogestão
Esse é um dos principais mitos que precisam ser derrubados! Na autogestão existem, sim, os líderes. O que acontece é que, conforme explicamos, eles não precisam autorizar todas as decisões tomadas pelo time. Nesse modelo, o líder é visto como alguém que organiza os times, estabelece normas, repassa demandas etc. Ele não é o “dono da razão” ou alguém que precisa dar a última palavra para tudo.
Em empresas mais tradicionais e antigas, principalmente familiares, o formato da hierarquia organizacional lembra uma pirâmide. No topo estão os líderes, que são soberanos, e nas escalas mais baixas, a linha operacional, que precisa se reportar aos líderes para tudo.
Na autogestão é diferente, uma vez que a gestão é horizontal e todos têm a mesma relevância dentro da companhia, independentemente do cargo que executam.
Nesse tipo de gestão as decisões são lentas
Também é mentira que as decisões são lentas nesse modelo de negócio. Pelo contrário: tudo é muito mais ágil, tendo em vista que os colaboradores têm mais autonomia para decidir o que precisa ser feito.
Se o gestor do time não estiver na empresa no momento, por exemplo, não é preciso que ele retorne para que uma decisão seja tomada. Todos têm liberdade para isso.
Não existem regras na autogestão
Também é falsa a informação de que não existem regras na autogestão. Os colaboradores são sempre informados sobre o que eles podem e o que não podem fazer.
Uma pessoa do setor financeiro pode ter liberdade para elaborar a gestão de comissões para agências, por exemplo, mas não para aumentar o salário de um colaborador.
As normas do que pode e o que não pode ser feito sem consultar o responsável pela companhia devem ser definidas, de acordo com as necessidades de cada negócio.
3 exemplos de autogestão na prática
Para que você tenha uma visão mais prática sobre como a autogestão funciona, trouxemos alguns exemplos. Observe!
1. Times autônomos paralelos
Quando várias equipes trabalham paralelamente, é importante que as responsabilidades sejam dissolvidas para todas elas.
É o caso, por exemplo, de uma agência de publicidade que tem um setor de redação e um de design, que atuam juntos na elaboração de peças e campanhas. Cada qual deve ser responsável pelo que é de competência da sua função.
2. Rede de acordos individuais
Os colaboradores fazem acordos entre eles para que o trabalho em equipe funcione com maestria. Usando o mesmo exemplo anterior, o redator e o designer podem acordar sobre quando um texto precisa ser entregue, para que depois seja utilizado em uma arte.
3. Círculos alinhados
São definidas hierarquias de trabalho dentro da empresa, mas não de pessoas e cargos. Isso quer dizer que uma função pode ser mais relevante que a outra para a empresa, mas não as pessoas.
Um publicitário é essencial em uma agência de publicidade, mas um recepcionista não, por exemplo, uma vez que os demais colaboradores podem se dividir e fazer a recepção das pessoas, caso esse profissional faltar.
Isso não quer dizer que a pessoa que executa o cargo de recepcionista é menos relevante e tem menor poder de decisão do que o publicitário. O que muda é a relevância do cargo que eles ocupam, para o pleno funcionamento da empresa.
Principais benefícios da autogestão
A autogestão traz diversos benefícios para as agências de comunicação e marketing. Entre eles, podemos destacar:
- promoção da liderança nos times;
- democratização dos processos de trabalho;
- aproximação entre líderes e liderados;
- desenvolvimento de metas pessoais;
- agilidade nas tomadas de decisões;
- estímulo do coleguismo e do trabalho em equipe;
- uso de softwares de gestão para organizar as demandas.
Não há dúvida de que a autogestão é um excelente modelo para as agências, não é mesmo? Pense em como pode desenvolvê-la na sua empresa e tenha bons resultados.
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