Todo projeto começa com uma ideia, mas como manter o rio da criatividade fluindo durante o ano todo? A resposta é simples: banco de ideias. Quando a equipe trabalha em um ambiente diverso e colaborativo, com liberdade para criar coisas não convencionais, promove uma cultura de inovação que traz muitos impactos positivos.
Nesse cenário, do caos criativo podem surgir novos produtos e serviços em potencial ou melhorias nas técnicas tradicionais de produção. É claro que algumas sugestões são incríveis e outras, nem tanto. Mas é bacana gerenciar ideias diferentes e pensar nas soluções mais inteligentes.
Neste artigo, entenda como isso funciona, qual a importância do banco de ideias, dicas para você colocar em prática na sua agência e as principais ferramentas que auxiliam o processo. Boa leitura!
Antes de começar, saiba o que é um banco de ideias
É um método que consiste na captação, geração e armazenamento de ideias. Geralmente envolve um grupo sob a direção do facilitador. Por meio da técnica, é possível estimular a criatividade dos participantes no sentido de estabelecer associações entre várias ideias distintas em um ambiente de pensamento livre. O principal objetivo é ampliar as possibilidades de solução para um problema específico.
Entenda a importância de criar um banco de ideias
Muitas vezes, as pessoas ficam esperando a inspiração chegar como se isso dependesse de um insight divino com data marcada. Entretanto, a elaboração do banco de ideias faz com que elas dediquem algum tempo e esforço para os gargalos que precisam resolver, independentemente se eles são relacionados a um processo de negócios, projeto, peça ou campanha publicitária.
É a maneira mais fácil e rápida de coletar opiniões, sugestões e soluções. Se você estiver tentando criar consenso em torno de algo na agência, experimente alcançar esse objetivo em uma discussão coletiva. É muito prático, pois não precisa enviar dezenas de emails quando os próprios membros da equipe assumem o controle da situação, servindo como moderadores, guias e tomadores de decisão.
Afinal, a criatividade é a força motriz por trás do sucesso da maioria das empresas. O pensamento criativo leva à implementação de ideias inovadoras no local de trabalho, conforme o método design thinking. Além disso, ajuda a descobrir as alternativas mais valiosas para resolver pendências.
Isso é o que diferencia umas marcas das outras. Sem criatividade e inovação, todas as agências seguiriam os mesmos padrões de marketing, promoção, técnica e até de serviços que oferecem ao consumidor.
6 passos para implantar a criação de um banco de ideias na agência
A seguir, confira uma lista de procedimentos que são necessários para fazer o banco de ideias acontecer na sua empresa.
1. Forneça o contexto do projeto com antecedência
Ofereça qualquer informação pertinente com, pelo menos, dois dias úteis antes de se reunir com a equipe. Assim, ela tem mais tempo para preparar algum material, fazer pesquisa ou, até mesmo, pensar com calma.
Se for necessário, distribua fontes de leitura ou informações contextuais que ajudem a definir o objetivo do banco de ideias. É bom para entender o escopo do que você está tentando fazer e otimiza o tempo.
2. Reserve uma sala apropriada para inspirar a geração de ideias
Preferencialmente, escolha uma sala diferente daquela que é usada para as reuniões formais. Para inspirar grandes ideias, considere a criação de um quadro no escritório com palavras, imagens e texturas associadas ao tópico que está sendo discutido.
Um ambiente arejado, silencioso, com boa iluminação e cadeiras confortáveis torna o encontro agradável. Isso garante que os participantes permaneçam focados, livres de distrações e mais propensos a pensar fora da caixa. Se optar por se reunir em áreas externas, agende com antecedência para que todos possam se organizar.
3. Selecione as pessoas certas para as ideias certas
Se você trabalha com gestão de equipes criativas, sabe que quanto maior a multidão, maior a probabilidade de as coisas ficarem fora de controle. Não existe um número ideal para criar um banco de ideias legal. No entanto, considere trabalhar com, no máximo, 10 pessoas.
Também é importante levar em conta os níveis de gerenciamento: se houver participantes de um nível executivo alto demais, cuidado para que isso não intimide o resto do grupo. Se acontecer, “quebre o gelo”.
4. Compartilhe a ideia mais improvável
Comece a reunião anotando a ideia mais estranha em um quadro, para mostrar que não há limites quando o objetivo é encontrar a melhor opção. Deixe claro que as pessoas são livres para se expressar ou argumentar suas impressões.
Nesse momento inicial de coleta, não existe ideia ruim. No final do processo é que são feitas as análises para classificar a melhor ou mais viável. Por isso, limpe todas as noções de parâmetros e mostre que o céu é o limite.
5. Deixe fluir com improvisação e jogos de palavras
Brincar com jogos de palavras é uma ótima alternativa para agrupar sugestões. Experimente escrever algo no quadro e peça a todos que mencionem a primeira ideia associada que vier à mente. Isso deve ser rápido, pois a intenção é que seja espontâneo.
Os nomes que derivam de outro podem inspirar alternativas. Outra opção divertida é atribuir uma celebridade a cada participante. Em seguida, pedir para que encenem como promoveriam a marca em um comercial de TV, pensando pelo ponto de vista de alguém famoso.
6. Classifique as ideias
A classificação é o momento em que você decide quais ideias valem a pena abraçar ou não. Antes de tudo, é bom escolher a maneira como as sugestões são classificadas para que ninguém se sinta excluído do grupo.
Às vezes, é bom levar em consideração alguns exemplos que potencialmente serão rejeitados, como ideias que fogem do tema proposto, por exemplo. Isso serve de alerta para as pessoas continuarem participando ativamente de discussões futuras.
4 ferramentas para usar no seu banco de ideias
Usar papel e caneta e passar tudo a limpo para o computador depois de criar o banco de ideias não são hábitos produtivos. É muito mais prático adotar apps úteis na hora de armazenar, organizar e gerenciar todas as informações. Acompanhe os principais.
1. Trello
O Trello é um ótimo recurso para substituir o uso de email e bate-papo na comunicação baseada em tarefas. É possível saber tudo que é necessário para realizar as atividades, e as discussões acontecem na própria ferramenta.
Com ele, dá para criar pedidos, organizar listas, compartilhar arquivos e outras opções, assim como adaptar, fazer alterações ou reorganizar as informações que estão ao acesso dos colaboradores.
2. Evernote
O Evernote oferece muitas vantagens para o trabalho em equipe. Uma das funcionalidades é armazenar arquivos de vários formatos, como: textos, fotos, vídeos, PDFs, páginas da web etc.
Ou seja, tem bastante opção para enviar materiais informativos para a criação do banco de ideias. Muito útil também para guardar anotações, o aplicativo é sincronizado em todos os dispositivos.
3. Google Keep
O Google Keep usa o mesmo conceito dos post-its ou notas adesivas. Com ele, você pode compilar rapidamente suas ideias na forma de notas, listas de verificação e tarefas com imagens ou não, além de definir lembretes com tempo programado e até com base na sua localização.
A interface é simples, intuitiva e colorida. Assim como as outras opções apresentadas, ele também compartilha informações e pode ser acessado no smartphone.
4. Notion
A ferramenta do MAC é mais que gerenciamento de anotações. O Notion atua como uma central de informações, apresenta planilhas e funcionalidades de banco de dados e atua como uma solução leve de CRM — Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o Cliente.
Percebeu a importância de criar um banco de ideias? Reúna sua equipe, mas comunique as intenções do encontro com antecedência para que ela se prepare para as sugestões. Depois, trabalhem juntos na construção das propostas com ajuda de uma boa ferramenta.
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